Paula Buss

      Encontrar alimentos livres de resíduos químicos é cada vez mais difícil, e com a redução dos espaços nas casas, fazer uma horta no solo é ainda mais trabalhoso, além de não ser possível em apartamentos.  Uma ideia adotada por muitos brasileiros é a horta suspensa. Pode ser feita com garrafas pet, o que torna a confecção mais barata e não agride o meio ambiente. Pode ser pendurada no muro ou na lavanderia do apartamento, e com um pouco de criatividade, pode ser colocada até mesmo na cozinha.

      A implantação deste tipo de horta tem sido praticada em algumas escolas como forma de aproximar crianças com o meio ambiente. Estimula o consumo de verduras, pois elas mesmas produzem e assim, aprendem que faz bem à própria saúde. O colégio ITECNE em Cascavel produz desde 2011 com aproximadamente 300 crianças do período da tarde, e já foram plantadas mais de 5000 mudas. Praticada com crianças do maternal ao 5º ano, esta atividade auxilia no aprendizado do que se viu em sala de aula, e incentiva a responsabilidade com o Meio Ambiente desde a infância.

      Mariana Galvão estudava no CEEP durante a implantação do projeto e conta que os alunos estranhavam ter que mexer na terra, mas gostavam muito de cuidar das plantinhas. Segundo a aluna, depois do projeto algumas “mães vieram perguntar como foi feito o plantio para poder fazer em casa”. O coordenador, Vanderson Schneider, que acompanha todo o processo da horta, conta que além de aproximar o aluno do meio ambiente, funciona como uma semente que é plantada na criança, e tem o objetivo de “começar na escola, para que também tenha a prática em casa”.

      Alface, salsinha e cebolinha são apenas alguns dos produtos que podem ser cultivados em hortas suspensas. Quando isso acontece em casa, sem aditivos químicos, acrescentam maior valor nutricional e mais sabor à comida e é possível ter sempre uma verdura fresquinha para a refeição. Este cultivo é considerado terapia por ser uma forma de aliviar o estresse do dia a dia.